O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse hoje (1º) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) do primeiro trimestre de 1,2% mostra que o país está “no caminho certo”. “Nos coloca em um patamar pré-pandemia e mostra que realmente o Brasil vai dar certo e nós vamos chegar ao final do ano com um crescimento digno de registro. É uma evidência de que nós estamos no caminho certo”, comemorou o ministro no Fórum de Investimentos Brasil 2021.
O PIB cresceu 1,2% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado. É o terceiro resultado positivo, depois dos recuos de 2,2% no primeiro e de 9,2% no segundo trimestres de 2020, quando a economia recuou 4,1%, atingida pela pandemia da covid-19.
Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,048 trilhões. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Saneamento
Ao enumerar os investimentos em diversas áreas, Tarcísio Freitas destacou os projetos de concessão de saneamento à iniciativa privada na promoção de melhores condições de preservação do meio ambiente.
“Nós tivemos recentemente a transferência para a iniciativa privada de três blocos de saneamento no Rio de Janeiro, blocos da Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos]”, disse o ministro lembrando o leilão realizado no final de abril que arrecadou R$ 22,69 bilhões em outorgas e prevê R$ 30 bilhões em investimentos.
“Parte dessa outorga será investida em ações de recuperação ambiental, como a despoluição da Baía de Guanabara, a recuperação da Bacia do Guandu e a despoluição do complexo de lagoas da Barra da Tijuca”, ressaltou.
Para o ministro, o projeto é um exemplo de como o país tem o saneamento e o meio ambiente como prioridades. “Isso mostra o compromisso do Brasil com o saneamento e resgata, no final das contas, a saúde do ponto de vista ambiental”, disse.
OCDE
O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, que dividiu o painel do fórum com Freitas, disse que a agenda ambiental também deve ganhar força com o esforço do Brasil para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“A agenda ambiental da OCDE oferece inúmeras oportunidades para melhoria do ambiente de negócios, aprimoramento do ambiente regulatório e atração de investimentos externos”, disse.
Entre as áreas que terão oportunidades, Ramos destacou o mercado de carbono e o comércio de lixo eletrônico. O processo de adesão à organização, deve, ainda, segundo o ministro, aumentar as possibilidades de comércio internacional.
“Ao aderir aos códigos de liberalização da OCDE e comprometer-se com a transparência e responsabilidade em suas políticas sobre o movimento de capitais, por exemplo, o Brasil irá aprimorar a sua reputação global como um agente responsável enquanto desfrutará de melhor acesso a todos mercados da OCDE”.