Estudo da URV aponta que há necessidade de maior especialização dos profissionais espanhóis no setor de serviços

O Relatório de Economia Local e Regional de Terres de l’Ebre para 2023 elaborado pela Cátedra de Economia Local e Regional (CELiR) da Universidade Rovira i Virgili (URV) aponta que é necessária mais especialização para os profissionais do setor de serviços, especialmente aqueles ligados à economia do conhecimento. Em diferentes áreas deste setor, a região está abaixo da média catalã em termos de número de profissionais e de atividade económica gerada. “Há um campo a percorrer”, disse Miquel Àngel Bové, diretor do departamento. Por outro lado, a agricultura Ibran tem um peso superior à média do país no número de trabalhadores, já que 6,1% do total se dedica a ela, quando a média catalã é de 0,9%.

O relatório recolheu alguns dos principais dados económicos elaborados pelas administrações e empresas e tirou conclusões. “O ano de 2023 foi marcado pela consolidação da recuperação económica, com uma evolução positiva em vários indicadores económicos face aos anos anteriores”, apontou Bové. Entre estes estão o crescimento de 2,1% do emprego e a queda de 6,4% do desemprego. “A tendência é boa, mas ainda há espaço para melhorias”, afirmou. O diretor destacou ainda um aumento demográfico de quase 2.800 habitantes, elevando a região para 184.500 pessoas.

Para além do peso da agricultura no emprego do Ebre, Bové destacou também que o sector industrial representa 37,9% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) das Terres de l’Ebre -dados de 2022-. Uma percentagem muito superior à média catalã, que é de 20,2%. Neste sentido, a energia tem um peso significativo, especialmente em Ribera d’Ebre, onde representa 75% do VAB total da região.

No entanto, o diretor do Campus Terres de l’Ebre da URV, Xavier Ferré, destacou que no setor de serviços “o índice de especialização está abaixo da média da Catalunha”. “Devemos ser capazes de reter talentos. Como URV estamos preocupados com isso e talvez façamos estudos específicos para ver qual o impacto que as nossas qualificações têm no território”, afirmou. E acrescentou que há anos detectaram “deficiências no nível de formação” de sectores da sociedade e que as Terres de l’Ebre estavam abaixo da média nacional em termos de percentagem de pessoas com formação universitária. Uma situação que não foi corrigida.

Bové especificou que faltam perfis especializados em profissões como atividades administrativas, imobiliárias, financeiras, seguradoras, transportes, informação e comunicação, artísticas, científicas ou técnicas.

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